quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O fim da guerra no Iraque

Obama esteve hoje na Carolina do Norte, onde anunciou o fim da participação dos militares norte-americanos no Iraque, nove anos depois de terem estacionado as tropas no país então controlado por Saddam Hussein.

Ao longo deste tempo, serviram no Iraque 1,5 milhões de norte-americanos, dos quais 30 mil ficaram feridos e 4.500 morreram. São números impressionantes!

Obama teve na retirada das tropas do Iraque uma das suas promessas eleitorais de 2008, que hoje cumpre, pois neste Natal, como disse o Presidente dos EUA, os combatentes no Iraque já estarão em casa, junto dos seus.

Não concordo com a posição de Obama, pelo risco que representa para a estabilidade e desenvolvimento do Iraque e da região, como bem salientou, hoje, o Senador John McCain. Todavia, o ex-candidato Republicano à Casa Branca acaba por não completar o argumento da retirada total, que não é só política, mas também financeira. Os EUA encontram-se numa situação muito vulnerável e manter duas frentes, Iraque e Afeganistão, não são despesas fáceis de sustentar, quando o país atravessa uma crise que não tem fim à vista.

O Iraque não será um tema decisivo, como foi nas eleições de 2004 ou 2008, mas para milhares de norte-americanos, os que directa ou indirectamente estiveram associados a esta operação militar (e basta multiplicar por dois ou três - marido/mulher, filho, companheiro, etc), para perceber como esta guerra afectou milhões de norte-americanos. E um facto é objectivo: foi Obama que colocou um ponto final. E Obama tudo fará para capitalizar este feito, como começou hoje a fazer.
CMC

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