quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

The new nationalism

And in 1910, Teddy Roosevelt came here to Osawatomie and he laid out his vision for what he called a New Nationalism. “Our country,” he said, “…means nothing unless it means the triumph of a real democracy…of an economic system under which each man shall be guaranteed the opportunity to show the best that there is in him.”


Ontem, Obama discursou em Osawatomie, no Estado do Kansas. Fez, provavelmente, aquele que pode ser considerado o seu discurso de arranque de campanha, ainda que o tenha feito na qualidade de Chefe de Estado. E fez, porque o seu discurso foi muito centrado no eleitorado tradicional Democrata. Por um lado, apelou à mobilização da classe média, referindo que a sua Administração tudo tem feito para que a classe média continue a ter as condições que merece, pois é o baluarte do desenvolvimento dos EUA. Por outro lado, e com a corrida Republicana a aquecer, e a preencher a agenda política, Obama procura encostar os Republicanos à margem, como a formação que defende a protecção dos mais ricos, que em termos de impostos, continuam a pagar menos que um trabalhador comum.

Como é tradicional na política norte-americana, o simbolismo tem grande destaque nos discursos determinantes e toda a intervenção de Obama está recheada de simbolismo. A sua nova causa, ou melhor, velha: New Nationalism, pois é do Republicano Theodore Roosevelt (Presidente entre 1901 e 1909), surge como a referência do momento. E Obama não o faz por acaso. Afirmando-se como o candidato central da eleição de 2012, até dá exemplos de candidatos Republicanos (Dwight Eisenhower também foi citado, mais pelo facto de ser um filho do Kansas, onde estava ontem), Obama resgata as críticas feitas na época a Teddy Roosevelt, de ser um socialista e/ou comunista, algo de que Obama é visado nos EUA, mas que, na leitura de Obama, foram políticas adequadas para a melhoria de condições de milhões de americanos. 

Não deixa de ser curioso que é um candidato Democrata a apelar ao "novo nacionalismo", algo impensável usar no léxico político europeu por um candidato da direita democrática, quanto mais de um candidato de esquerda.
CMC

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