quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Uma foto que diz muito


O furacão Sandy ceifou a vida a 50 norte-americanos e causou estragos na ordem dos 50 mil milhões de dólares.

Por este fenómeno da natureza, as campanhas deixaram praticamente de ter iniciativas. Obama deixou o fato de candidato e vestiu o de Presidente, enquanto Mitt Romney abrandou os atos de campanha.

Obama tomou as rédeas das operações e contou com um aliado de peso nestas horas dramáticas, o Governador republicano de New Jersey, Chris Christie. Por sinal, Christie foi um dos melhores intervenientes na Convenção Republicana, atacando os Democratas, mas acaba de prestar um  testemunho público de elogio a Obama, pela forma como o Presidente assumiu o comando da operação para lidar com o furacão.

A foto em cima, apresentando os dois políticos, Obama e Christie, com o Presidente a amparar uma das vítimas do Sandy, está a correr mundo e, em termos políticos, é de um efeito impressionante.

Continua-se a confirmar que uma imagem vale mais do que mil palavras.

CMC 

Combate de Blogues: Análise da campanha


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Colin Powell apoia Obama


Não se pode considerar um apoio menor. Colin Powell é um dos grandes mestres da política externa norte-americana e o voto dado a Obama é um claro reforço da candidatura Democrata.

CMC

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Haja um Republicano com bom senso

Rubio Worries Romney’s Approach To China Could Start ‘Trade War’

Haja alguém do Partido Republicano com bom-senso de dizer o erro que Romney está a fazer, ao atacar a China como o faz, numa lógica de Guerra Fria, entre os bons, os EUA, e os maus, os chineses.

Esta estratégia de Romney é nociva para os EUA.

Veremos logo o debate, dedicado à política externa, como será tratado este assunto, que merecerá destaque.

CMC

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estado da arte

Este mapa (ver com mais pormenor no link) é demonstrativo de como a corrida está aberta.

CMC

Obama recupera mas com fragilidade

Obama esteve muito melhor no segundo debate, conseguiu fazer o que no primeiro falhara, rebater os argumentos de Romney e marcar as diferenças entre as duas candidaturas.

Se foi unânime que Obama, na lógica desportiva, ganhou o debate, a verdade é que as pessoas inquiridas pela CNN, depois do debate, identifica Romney com mais capacidades para lidar com o défice e fazer crescer a economia.

A corrida está aberta e ainda falta um debate, dedicado à política externa, mas que deverá ter muito de política interna, dados os ataques de Romney à China, acusando a nova potência mundial de estar a crescer à custa dos EUA e da Administração Obama ter feito pouco, para confrontar a China.

CMC 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Antecipação de segundo debate Obama-Romney


A morte do diplomata dos EUA na Líbia

No debate da semana passada, entre Joe Biden e Paul Ryan, quando se falava na morte do diplomata norte-americano na Líbia, o Vice-Presidente disse que não sabia que eram precisos mais reforços em Bengazi, uma resposta muito mal dada. Fosse outra a experiência e conhecimentos de Ryan e Biden sucumbia neste ponto.

Entretanto, ontem, no Peru, Hillary Clinton assumiu toda a responsabilidade pelo trágico acontecimento, dizendo que Obama e Biden nada têm a ver com o sucedido.

Veremos se logo este assunto é tratado no debate (estruturado com base na pergunta de cidadãos anónimos escolhidos pela Gallup e respostas a dar pelos dois candidatos), mas se não for hoje será no debate da próxima semana, que tem a política externa como um dos eixos do debate.

O que é um facto é que Biden colocou uma pedra na campanha Democrata e se os Republicanos quiserem apertar um pouco, têm todas as condições para responsabilizar a Administração. Afinal, com a resposta de Biden, poderã dizer com ar inocente, como podem estar atentos ao que se passa no mundo.

CMC 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Debate Ryan/Biden: 11 de Outubro - Algumas notas



Os debates vice-presidenciais não costumam ter um grande peso no resultado final das campanhas dos EUA. Ainda não me parece claro a importância deste, mas julgo que podemos tirar uma ou duas conclusões.
Neste caso as expectativas funcionaram contra o candidato republicano, pois recentes sondagens afirmavam que os americanos esperavam que este batesse Biden. O histórico do candidato democrata de gaffes e declarações erróneas não augurava uma grande noite para ele, mas o simples facto de superar as expectativas pode ser considerado como uma vitória. A forma aguerrida e combativa de Biden, quase o inverso da de Obama no último debate, surpreendeu Ryan e colocou o candidato republicano na defensiva.
As sondagens e mesmo muitos comentadores subestimaram a experiência e capacidade de interação de Biden. Este só pecou por ser muito excessivo na forma das suas intervenções, facto este que embora possa revitalizar o entusiasmo dos eleitores democratas, não creio que tenha grande saída com eleitores independentes.
Ao contrário do que seria expectável, considerei Ryan muito melhor na parte de polítca externa e Biden melhor na economia e nas políticas sociais. O tom do debate foi quase sempre muito duro e directo, mas foi sem dúvida um debate com substância, onde os assuntos foram debatidos com detalhe, parecendo a dada altura existir uma verdadeira guerra de números.
No fim da linha, julgo que este debate foi mais importante para os democratas porque pode ter quebrado o momentum dos republicanos e Biden, com a sua prestação, tirou a campanha democrata do estado de depressão em que se encontrava.
Temos campanha!

Filipe Ferreira

Antevisão do debate Biden - Ryan


Mais uma análise ao debate que tem lugar dentro de duas horas, entre Joe Biden e Paul Ryan.

CMC

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O indispensável Bill Clinton


No debate com Romney, por duas vezes Obama resgatou a boa herança Democrata, deixada por Bill Clinton, para demonstrar que as respostas Democratas são melhores do que as Republicanas, como a criação de 23 milhões postos de trabalho.

Depois de alguns dias após o debate em que a campanha de Obama não soube desfazer o nó, Obama acabou por reconhecer que não esteve bem, teve de ser, mais uma vez, e à imagem da Convenção, Bill Clinton a fragilizar Romney. Estes 90 segundos, de ironia realista, são demolidores para Romney. O problema, para os Democratas, é que o candidato é Obama e não Bill Clinton.

Suspeito que até ao fim da campanha a campanha Democrata se faça a três (Obama-Biden-Clinton).

CMC

Obama deu uma grande ajuda a Romney

Como o Filipe refere, e bem, neste post, ainda está para provar que os debates televisivos, nos anos mais recentes, são decisivos na escolha que cada pessoa faz. Mas de uma coisa já não se pode ter dúvidas, depois de ter alcançado, em setembro, uma confortável vantagem sobre Romney, e tudo indicava que Obama apenas teria de controlar o ritmo eleitoral até 6 de novembro, eis que uma péssima prestação, no primeiro debate, deitou muito a perder para os Democratas e muito a ganhar para os Republicanos.

Apesar de discordar de muitos dos pontos de vista do candidato Republicano, é evidente que Romney esteve muito bem e soube tocar, a seu favor, no campo que lhe interessava, o eleitorado da classe média, algo que Obama desbaratou por completo. Nalguns casos de modo impressionante, dada a sua permanente atitude defensiva.

Se as sondagens voltam a indicar que não há vencedor antecipado, neste momento, a força está do lado dos Republicanos e o debate desta noite, entre os candidatos a Vice, Joe Biden e Paul Ryan, que normalmente tem pouca importância, passou a ganhar protagonismo, para confirmar ou não a viragem do eleitorado para os Republicanos.

Se na semana passada era Romney que tinha de ir atrás do prejuízo, hoje é Biden quem tem de jogar forte e recuperar o ânimo Democrata. Frente a Ryan, Biden é muito mais experiente e tem os quatro anos de experiência na Casa Branca, que jogam a seu favor, não obstante o seu vasto rol de gaffes. Quanto a Ryan, com um perfil menos moderado que Romney, basta-lhe não comprometer a corrida Republicana. Por outro lado, um bom debate do candidato Republicano pode confirmar a tendência de subida dos Republicanos se Biden tiver um comportamento semelhante ao de Obama da semana passada.

Todas as razões para acompanhar este debate.

CMC

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tudo em aberto

 
Ainda está para provar que os debates televisivos sejam decisivos na escolha que cada cidadão tem de fazer ao escolher o seu candidato a uma respectiva eleição, mas é inegável que o primeiro debate Romney/Obama de 3 de Outubro virou por completo a dinâmica da campanha.
Depois de um mês de Setembro absolutamente desastroso para Romney, este debate era crucial para a sobrevivência da sua campanha. Não foi por acaso que a sua preparação foi prolongada e minuciosa, granjeando mesmo algumas críticas por parte de elementos do partido republicano por estar a ter poucas aparições públicas, dado o seu empenho no debate.
Já Obama, no alto dos seus números e das suas sondagens muito positivas, não perdeu quase tempo algum na preparação do debate, menosprezando o seu impacto junto dos americanos. Como se viu...uma má decisão.
Esta semana começam a sair as sondagens pós-debate ao nível dos estados, essenciais para confirmarmos o efeito game changer do debate. Neste momento...está tudo em aberto.
 
Filipe Ferreira

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Combate de blogues: Antevisão do debate Romney/Obama



Aqui fica mais um "Combates de Blogues" sobre as eleições EUA. Tive o prazer de debater com o José Gomes André do blog Era uma vez na America e contou com a moderação de Filipe Caetano. O tema foi a antevisão do debate Romney/Obama.

Filipe Ferreira

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Gestão de expectativas


Estes últimos dias são um claro exemplo de duas campanhas a tentarem gerir expectativas, para que no fim de cada debate possam dizer que o seu candidato foi vitorioso.
Tem sido quase confrangedor ver Obama e Romney a colocarem as qualidades oratórias do seu adversário num nível superlativo, numa mostra de falsa humildade e de cálculo político extremo. Até agora, o único que não tem feito muito este jogo é o candidato a vice-presidente dos republicanos, Paul Ryan, que tem jogado ao ataque, embora tenha ressalvado que não espera qualquer gaffe da parte de Joe Biden.
Independentemente deste jogo político, a verdade é que este debate é bem mais importante para os republicanos do que para os democratas.
 
Filipe Ferreira