Como o Filipe refere, e bem, neste post, ainda está para provar que os debates televisivos, nos anos mais recentes, são decisivos na escolha que cada pessoa faz. Mas de uma coisa já não se pode ter dúvidas, depois de ter alcançado, em setembro, uma confortável vantagem sobre Romney, e tudo indicava que Obama apenas teria de controlar o ritmo eleitoral até 6 de novembro, eis que uma péssima prestação, no primeiro debate, deitou muito a perder para os Democratas e muito a ganhar para os Republicanos.
Apesar de discordar de muitos dos pontos de vista do candidato Republicano, é evidente que Romney esteve muito bem e soube tocar, a seu favor, no campo que lhe interessava, o eleitorado da classe média, algo que Obama desbaratou por completo. Nalguns casos de modo impressionante, dada a sua permanente atitude defensiva.
Se as sondagens voltam a indicar que não há vencedor antecipado, neste momento, a força está do lado dos Republicanos e o debate desta noite, entre os candidatos a Vice, Joe Biden e Paul Ryan, que normalmente tem pouca importância, passou a ganhar protagonismo, para confirmar ou não a viragem do eleitorado para os Republicanos.
Se na semana passada era Romney que tinha de ir atrás do prejuízo, hoje é Biden quem tem de jogar forte e recuperar o ânimo Democrata. Frente a Ryan, Biden é muito mais experiente e tem os quatro anos de experiência na Casa Branca, que jogam a seu favor, não obstante o seu vasto rol de gaffes. Quanto a Ryan, com um perfil menos moderado que Romney, basta-lhe não comprometer a corrida Republicana. Por outro lado, um bom debate do candidato Republicano pode confirmar a tendência de subida dos Republicanos se Biden tiver um comportamento semelhante ao de Obama da semana passada.
Todas as razões para acompanhar este debate.
CMC
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