quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Serviço Público: Debates na FLAD


Aqui fica a informação de que irá ter lugar a segunda conferência do ciclo “As Presidenciais Americanas na Perspectiva Europeia” no próximo dia 27 de Setembro, quinta-feira, às 18h30 no auditório da Fundação Luso-Americana (FLAD), com o tema “Análise da campanha eleitoral”.
Como convidados poderemos ver Christian Ferry, representante do Partido Republicano e campaign manager da candidatura McCain-Palin em 2008 e Tom McMahon, representante do Partido Democrata, estratega político, e antigo director do Comité Nacional Democrático.
Para quem se interessa por política e pelo funcionamento de uma campanha eleitoral nos EUA, esta é uma grande oportunidade.
Filipe Ferreira

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Combate de Blogs. Eleições EUA



Aqui fica, sem vergonha alguma, o vídeo do debate onde tive o prazer de participar com o Nuno Gouveia e que contou com a moderação de Filipe Caetano no âmbito do Combate de Blogs.


Este debate foi o primeiro de muitos sobre as eleições presidenciais norte-americanas. Hoje debatemos essencialmente as gaffes de Romney, a estratégia do partido republicano até Novembro e a importância da política externa nestas eleições.


Não custa nada... é só carregar no play
 
Filipe Ferreira

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Romney ataca Obama sobre a Líbia


A recente morte do embaixador dos EUA na Líbia, juntamente com mais 4 funcionários do Departamento de Estado e o destruir da bandeira dos EUA na embaixada no Cairo vieram lançar um manto de incerteza sobre as eleições presidenciais. Romney, surpreendeu tudo ao atacar frontalmente a resposta de Obama a estes ataques.
Tradicionalmente as questões de política externa não têm muito peso nas eleições americanas, e esta é uma das áreas onde a vantagem de Obama sobre Romney é considerável, mas a morte de um embaixador dos EUA é um ato de tal forma execional que ainda não se sabe de que forma é que a dinâmica das eleições vai ser alterada.
Este é um tempo de decisões, e Romney foi a jogo com tudo. Veremos como se vai sair...
 
Filipe Ferreira

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O estado da arte


Na maioria dos swing States Obama leva vantagem sobre Romney, apesar de esta liderança não ser muito grande. Para acompanhar.

CMC

Romney continua com problemas de empatia

Poll: More prefer dinner with Obama

Normalmente, nas eleições presidenciais norte-americanas fazem sempre uns estudos que parecem disparatados, mas não são.

Em 2004, era curioso o resultado de um estudo que, segundo a amostra, a maioria nunca compraria um carro a George W. Bush, a mesma atitude não teriam com John Kerry, mas, de longe, preferiam tomar um copo com Bush do que com Kerry.

Esta sondagem, acerca do candidato com que jantaria, revela bem a empatia de Obama e o distanciamento de Romney, face ao cidadão comum, que preferia jantar com o Democrata, em vez do Republicano.

Romney continua com problemas no relacionamento com os eleitores.

CMC

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Bons sinais do decisivo Ohio

The first survey, from Public Policy Polling (PPP), has President Obama up by five points on Romney in Ohio (50% to 45%). The poll was exclusively after the end of the Democratic National Convention.

O Filipe destacou o impacto da Convenção Democrata nas sondagens, a favor de Obama.

Importa, todavia, apurar Estado a Estado o estado de alma do eleitorado e, de facto, os ventos parecem soprar a favor de Obama. No Ohio, Estado que se precisa de ganhar para ser eleito Presidente, pelo menos assim tem acontecido, Obama deu um salto e distanciou-se de Romney. Não deve ter sido por acaso, pois a indústria automóvel, uma das bases da economia deste Estado, esteve em foco, por Bill Clinton, a propósito das medidas da Administração Obama, perante a oposição de Romney:

The auto industry restructuring worked. It saved more than a million jobs, not just at GM, Chrysler and their dealerships, but in auto parts manufacturing all over the country. That's why even auto-makers that weren't part of the deal supported it. They needed to save the suppliers too. Like I said, we're all in this together.

Now there are 250,000 more people working in the auto industry than the day the companies were restructured. Governor Romney opposed the plan to save GM and Chrysler. So here's another jobs score: Obama two hundred and fifty thousand, Romney, zero.


CMC

Começa a reta final

9 states where the race will be won

Com as Convenções fechadas e a menos de dois meses das eleições, as candidaturas centram-se nos Estados decisivos.

CMC

Obama: 49%, Romney:45%

 
 
 
Tal como já tinha acontecido no rescaldo da Convenção Republicana, Obama e os democratas vêm os seus números melhorar de forma significativa. Esta vantagem de 5% será apenas o resultado da Convenção ou uma tendência sólida?
 
Filipe Ferreira
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Convenções 2012

Realizadas as duas convenções, pode dizer-se que os objetivos correram bem melhor aos Democratas do que aos Republicanos.

Enquanto a Convenção Republicana fica indelevelmente marcada pela intervenção de Clint Eastwood, mais do que qualquer outro orador, a Convenção Democrata contou com três grandes intervenções, uma em cada dia dos três dias de Convenção: Michelle Obama, Bill Clinton e Barack Obama.

Ambos procuraram cativar o eleitorado da classe média, o mais afetado e prejudicado com a situação económica. Neste âmbito, os Democratas apresentaram um discurso/programa correspondente às pretensões deste eleitorado, parte dele Democrata, mas descontente com os últimos quatro anos, dada a situação económica não ser a mais favorável. E a formação de Obama teve um especial cuidado em focar o eleitorado feminino e latino - Michelle Obama e Sandra Fluke, no campo feminino, e Julián Castro e Antonio Villaraigosa, no latino.

Ainda faltam dois meses para as eleições, os debates entre candidatos (três entre os candidatos a Presidente e um debate entre os candidatos a Vice-Presidente), por isso, dentro de uns dias as Convenções já são uma pertença do passado. De qualquer forma, serviram para mobilizar e conquistar partes do eleitorado. Dentro de uns tempos se saberá quem foi mais bem sucedido. Tendo em conta as duas Convenções, os Democratas foram bem sucedidos e muito devem à excelente intervenção de Bill Clinton.

CMC

Discurso de Barack Obama


America, I never said this journey would be easy, and I won't promise that now. Yes, our path is harder, but it leads to a better place. Yes, our road is longer, but we travel it together.

Um bom discurso, que deixou claro as escolhas em causa.

A Convenção correu muito bem aos Democratas, Obama sai mais forte.

CMC

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Convenção Democrata: Discurso de Bill Clinton



Bill Clinton tonight showed them all how it’s done. He gave a master class in how to combine folksy and poetic language, stinging one-liners and policy nuance, empathy and rip-roaring partisanship. It was as good as it gets

Eles não se podem ver à frente.
Eles desconfiam um do outro.
Eles já disseram um do outro coisas inenarráveis.
E no entanto...
Bill Clinton fez uma intervenção fantástica a defender mais 4 anos de Barack Obama. Razão e Coração em doses bem medidas, uma oratória como já não se vê, uma qualidade retórica quase ímpar e acima de tudo carisma...doses industriais de carisma.
Quem diria em 2008 que Obama iria precisar do star power e da popularidade de Bill Clinton? A vida dá muitas voltas.

Filipe Ferreira

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Uma homenagem nada inocente a Ted Kennedy


Como é tradição das Convenções, há sempre um momento de homenagem a grandes políticos que desapareceram. Ted Kennedy foi um dos grandes apoiantes de Obama, há quatro anos. Faleceu em 2009 e as conquistas do seu vasto currículo político foram justamente recordadas.

Mas os Democratas não deixaram de fazer uma homenagem com uma crítica a Mitt Romney, que foi derrotado por Ted Kennedy, na eleição para o Senado há cerca de duas décadas. E o ataque baseou-se no debate que ambos tiveram, no qual Romney surgia como um candidato mais moderado e pró Interrupção Voluntária da Gravidez, ao contrário do que defende hoje.

CMC

Lemas




Não tive oportunidade de acompanhar ontem o primeiro dia da Convenção, mas ao ver como decorreu o primeiro dia, verifico uma mensagem inteligente dos Democratas, que há uns anos fora usada pelo Labour britânico: Forward, not back.

Uma frase muito feliz e que traduz o modo de pensamento de formações progressistas.

CMC

O discurso da noite

O Filipe já referiu o marcante discurso de Michelle Obama, ontem. A mulher de Barack Obama saiu-se muito bem e alcançou o objetivo a que se propunha: ter impacto.

Hoje, discursa um dos mais destacados Presidentes dos EUA de todos os tempos, pelo bem e pelo mal, e um dos melhores políticos contemporâneos, Bill Clinton.

Os discursos de Clinton costumam ser eletrizantes e são grandes momentos de política.

Se Clinton fizer o que se espera dele, no segundo dia da Convenção, e tendo o discurso de Michelle, do primeiro dia, Obama poderá fechar, amanhã, com chave de ouro, uma Convenção pensada para mobilizar o eleitorado Democrata e a classe média, o passaporte da sua renovação de mandato. Pelo primeiro dia, isso está a ser conseguido.

CMC

Convenção Democrata: O discurso de Michelle Obama



The most devastating attack on Mitt Romney at Tuesday’s Democratic Convention came from Michelle Obama, who did not mention Romney’s name and said not a single cross thing about him.

Mais uma vez se revela a importância dos discursos mais pessoais, a força das histórias de vida para fortalecer a narrativa política criada. Ontem tinha referido quais os desafios que Michelle Obama teria de enfrentar na Convenção democrata. Hoje podemos dizer que esteve magnífica. Uma verdadeira obra de arte de comunicação política. Exatamente aquilo que a campanha Obama necessitava desesperadamente, devido à sua queda nas sondagens.

Filipe Ferreira

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O grande desafio Democrata


A grande imagem que fica da Convenção Republicana foi a intervenção de Clint Eastwood. Os Democratas souberam responder, com inteligência e humor (cartaz acima), à tirada cómica e bem construída, para o eleitor americano, do ator e realizador. Porém, nestes três dias de Convenção, os Democratas terão de fazer mais e demonstrar que têm as melhores propostas face aos Republicanos.

Não será tarefa fácil, mas facilidades, apesar de Obama ter tido muitas na última campanha, foi algo com que não contou no seu mandato.

Discursos a aguardar, o de Michelle Obama, Julián Castro, Bill Clinton e Barack Obama (Hillary Clinton, por estar em visita de Estado, não participará nesta Convenção).

CMC

Democratas apostam no Texas

Os Democratas estão a ser inteligentes, pois a aposta em Julián Castro, como keynote speaker, nesta Convenção, procura demonstrar a aposta que fazem no eleitorado latino-americano, bem como a investir no futuro.

Fazendo contas demográficas, a médio prazo, a população latino-americana será proeminente no Texas e tendo os Democratas um forte apoio deste eleitorado, Castro bem será um nome a ter em conta para Governador (Castro é Mayor de Santo António, Texas). Isto, se não fizer, como alguns procuram associar, o mesmo que Obama fez em 2004, quando, na Convenção de consagração de John Kerry, e projetou o seu nome, com os resultados conhecidos.

CMC   

Construir a narrativa certa


When Michelle Obama takes the stage at the Democratic National Convention on Tuesday night, she faces a similar task as Ann Romney of presenting her husband as a father and family man - above his public persona in the political spotlight.

Um dos momentos mais altos da Convenção Republicana de Tampa foi, sem dúvida, o discurso de Ann Romney. Ela fez um excelente trabalho ao mostrar uma faceta diferente do seu marido, um lado mais familiar e comprometido com a sua comunidade.
Michelle Obama não precisa de fazer essa apresentação, mas vai ser essencial para "amaciar" a desgastada imagem de Obama. Ela precisa de fazer lembrar aos eleitores indecisos porque é que eles gostaram de Obama em 2008.
E é assim que as narrativas se constroem...
 
Filipe Ferreira

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Convenção Democrata começa amanhã


Depois da Convenção Republicana, da semana passada, amanhã arranca a Convenção Democrata. Ao longo de três dias os Democratas terão de demonstrar a mais valia do mandato de Obama na Casa Branca e, na quinta, Obama tem a missão de apresentar as suas causas.

Julián Castro, Presidente da Câmara de Santo António, no Texas, será o keynote speaker desta Convenção.

A aposta no eleitorado latino continua, apesar de não haver nenhum latino americano em lugar de destaque, candidato a Presidente ou Vice-Presidente, a sua presença, em qualquer Convenção, é incontornável. Na semana passada os Republicanos apostaram forte, com Marc Rubio e Susana Martínez. Desta feita, é um autarca da vermelha (Republicana) Texas a ter destaque.

CMC

sábado, 1 de setembro de 2012

Romney dispara nas sondagens


 
Uma das grandes vulnerabilidades de Romney era a sua falta de carisma. Embora as diversas sondagens sugiram que os americanos confiem nas suas aptidões para gerir a economia, a nivel pessoal é de Obama que mais gostam. Esta sondagem, embora influenciada pelo ambiente pos-convenção, vem diminuir de forma substantiva o fosso entre os dois candidatos. A confirmarem-se estes números, vêm aí dias dificeis para Obama.
 
Filipe Ferreira