sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O desafio Democrata


Tal como Mitt Romney, Obama tem pela frente o mesmo repto: cativar a classe média - quem decide esta eleição.

Romney lançou a meta: criar 12 milhões de postos de trabalho. A meta é elevada e aos Democratas cabe demonstrar que estão mais bem preparados e com melhores propostas para este momento.

CMC

Romney cavalga a onda populista

No discurso mais importante da Convenção Republicana, o de Mitt Romney, ficou patente o arriscar, compreensível, do candidato, de conquistar o eleitorado da classe média.

A grande proposta é de criar 12 milhões de empregos, ou seja, pouco mais de metade do atual número de desempregados nos EUA, 23 milhões.

Romney trata a dimensão política como se fosse um negócio. Percebe-se a sua veia de empresário, mas a sua experiência de Governador devia ter-lhe indicado que a realidade, e em especial a governação de um Estado, é bem mais complexa do que parece, sobretudo no contexto atual, de uma economia global anémica.

Os Republicanos procuraram, nos últimos dias, cativar o eleitorado descontente, e apostaram, como é típico, nos valores da família, para cativar milhares de casais nos EUA a mobilizarem-se para optar por outro caminho, que não o apresentado e implementado pelos Democratas.

Em termos externos, Romney repescou o discurso reaganista da Guerra Fria e focou Putin como o "alvo". Ora, o mundo mudou. A Rússia tem, como sempre teve e terá, uma importância global, mas entender o planeta, como Romney dá a entender, numa lógica bipolar, de Guerra Fria, é um desfasamento total. A Rússia não é o único player mundial a par dos EUA.

Intimamente ligada à política externa e com forte relação e impato na política doméstica é a política energética. Romney propõe-se a reduzir a dependência externa nos próximos oito anos. Tal como a proposta de Obama, há quatro anos, os políticos norte-americanos deviam ser mais rigorosos nesta matéria. O mais preocupante desta proposta de Romney é que o candidato Republicano valoriza fontes como o carvão. Infelizmente, há desafios globais, como o ambiental, que sempre foram desconsiderados pelos Republicanos, e não deviam. Romney falou nas energias renováveis, que fica sempre bem, mas não é de desconsiderar que a sua referência foi a última, e não uma prioridade. Preocupante!

CMC

Discurso de Clint Eastwood na Convenção Republicana



Política nos EUA também é showbizz.
Os democratas, e muito em particular Obama, são tradicionalmente os recetores de financiamento e apoio político da elite de Hollywood. Na Convenção Democrata espera-se uma verdadeira enchente de estrelas, apoiando Obama, mas nenhuma delas terá mais peso no coração da América do que Clint Eastwood. São muitos e muitos anos, enquanto ator e realizador. Clint Eastwood não é apenas o ator da moda ou o homem do momento. É uma instituição que nos trouxe alguns dos melhores frescos acerca do sonho americano, da sua grandeza e das suas desilusões.
Grande escolha para o último dia da Convenção.

Filipe Ferreira

Clint Eastwood vai discursar na Convenção Republicana

 
 
A confirmar-se esta informação, espera-se uma grande noite na convenção republicana em Tampa. Um apoio de peso e um nome altamente respeitado pelo povo americano.
 
Filipe Ferreira

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os lemas da Convenção Republicana

Esta Convenção Republicana estruturou-se em três diferentes momentos, correspondentes a três distintos e complementares lemas.

No primeiro dia, o lema foi "We built it", valorizando a promoção da economia, desprezando a intervenção do Estado no mercado, diferenciando a postura face aos Democratas. Os ataques, mais ou menos serrados ao Obamacare fizeram-se sentir.

Ontem, "We can change it", foi, de todos os lemas, o mais feliz, em termos de marketing, por repescar e adaptar o lema de Obama de há quatro anos. Procurou evidenciar que os Republicanos têm uma agenda política diferente da de Obama e pretendem, deste modo, destacar que têm um programa capaz de animar mais a economia.
 
Hoje, no último dia, o lema "We believe in America", coincide com o discurso de encerramento do candidato, Mitt Romney, que terá de apresentar as causas da sua candidatura. Nesta entronização da "crença", o discurso terá, como não poderá deixar de ser numa intervenção de um Republicano, uma nota patriótica acentuada.

Devido ao furacão Isaac, não se realizou o primeiro dia da Convenção, que tinha como lema "We can do better".

Em termos de estrutura, só se pode destacar a inteligência da estratégia da Convenção. Quanto aos resultados, muito está dependente da intervenção de Romney. Será ele capaz de mobilizar o Partido Republicano, como não conseguiu até ao momento? Certo é que o seu Vice, Paul Ryan, já o conseguiu. E esse é um importante trunfo para Romney.

CMC

Condoleezza Rice: Uma estrela



Apesar do grande discurso de Paul Ryan, um verdadeiro attack dog contra Obama e os democratas, para mim o melhor momento da noite foi sem dúvida a intervenção de Condoleezza Rice. Uma lição sobre o papel dos EUA num mundo cada vez mais anárquico e uma forte crítica à falta de liderança de Obama. Um primor.

Filipe Ferreira

Os erros de Ryan

Paul Ryan fez, até ao momento, o maior ataque a Obama, mas pelos vistos saiu-lhe furado.

CMC

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ann Romney: uma seta ao coração do eleitorado feminino



No primeiro dia de discursos pudemos assistir a excelentes intervenções. Destaco Rick Santorum que fez um tremendo elogio a Romney (quem diria?) e que foi eficaz a cativar os eleitores mais conservadores a nível social. Tirando Santorum, a maioria dos restantes oradores centrou-se na economia. O Carlos já aqui referiu a intervenção de Chris Christie, e para o meu gosto pessoal foi o melhor, mas julgo que para a estratégia do GOP o mais eficaz foi a de Ann Romney.  Direto e certeiro ao eleitorado feminino.

Filipe Ferreira

A melhor intervenção do primeiro dia


Sem dúvida, o Governador de New Jersey, Chris Christie, teve a melhor intervenção do primeiro dia da Convenção Republicana.

Artur Davis, o antigo elemento Democrata, teve um discurso exclusivamente em condenar os Democratas e Ann Romney apresentou um discurso fraco.

CMC

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Romney com vantagem no twitter

 
 
As redes sociais têm assumido um papel cada vez mais importante nas campanhas eleitorais, sendo que as presidenciais norte-americanas são o expoente máximo.
Das redes sociais, o Twitter não sendo a que tem mais seguidores, é sem dúvida uma das mais influentes. Neste levantamento feito aos utilizadores do Twitter nos estados eleitoralmente competitivos, Romney tem mais menções positivas que Obama: Este fato por si só não é muito relevante, mas marca uma posição de força numa área em que Obama era considerado imbativel.
Veremos se esta tendência se mantém.
 
Filipe Ferreira

Convenção Republicana: Family values



...e hoje começa, a sério, a convenção republicana. Após os problemas causados pelas condições climatéricas que levaram à suspensão do primeiro dia de trabalhos, o GOP regressa hoje em força. O keynote speaker de hoje é um dos republicanos mais mediáticos, o governador de New Jersey, Chris Christie. Embora este discurso esteja a ser altamente antecipado pela base republicana, julgo que o maior impato para o eleitor indeciso será o de Ann Romney. Ela terá a (dificil) missão de dar um rosto humano ao seu marido, muitas vezes considerado frio e insensivel para muitos americanos. Esperam-se muitas histórias de família e a visão de um Mitt Romney mais humano e próximo das famílias americanas.
Espera-se assim um primeiro dia virado para os "family values". A política, pura e dura, ficará para amanha...

Filipe Ferreira

O Michael Moore de direita


Nada melhor do que os EUA para encontrar bons criadores das teses da conspiração e da catástrofe. Dinesh D’Souza, antigo elemento do staff de Ronal Reagan, considera que Obama tem uma visão, herdada do seu pai, contra os grandes princípios da América e que, por isso, em 2016, fim do mandato de Obama, caso seja reeleito, os EUA estarão numa situação calamitosa - como quem diz, não elejam Obama para não decretar o fim da América.

2016 é um documentário pejado de preconceitos e indiferente às alterações que se processam no mundo. D'Souza, infelizmente, não quis notar que foi o mandato de Obama que conciliou os EUA com o mundo, ao contrário dos anos anteriores, que debilitaram e enfraqueceram a posição dos EUA no mundo. E D'Souza, originário da Índia, devia ter uma visão mais clara do que se passa no mundo, a começar na sua terra Natal.

CMC

Convenções nos campos decisivos

Democratas e Republicanos sabem que esta eleição não está ganha por ninguém e, por isso, os swing States são os grandes campos de batalha onde se decidirão quem ganhará em novembro.

Por essa razão, ambos realizam as suas Convenções em campos/Estados decisivos. Os Republicanos arrancam, hoje, na Flórida e os Democratas realizam o seu conclave, na próxima semana, na Carolina do Norte.

Quanto aos Estados a ter em conta até ao fim, são: Ohio, Flórida, Iowa, Virgínia, New Hampshire, Nevada, Colorado, Wisconsin e Carolina do Norte.

CMC

1º dia da Convenção Republicana

5 things to watch today at GOP convention

O USA Today revela cinco momentos a ter em conta no primeiro dia da Convenção Republicana, dos quais destaco a intervenção de duas pessoas: Rick Santorum, adversário nas primárias Republicanas, e Artur Davis, ex-membro do Partido Democrata e apoiante de Obama há quatro anos.

Se a intervenção de Ann Romney será importante, em especial na conquista de parte do eleitorado feminino, um bom discurso de Davis pode catapultar os Republicanos no combate contra Obama. A seguir.

CMC

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sondagem Washington Post / ABC: Romney 47% - Obama 46%


Ao entrarmos na temporada das convenções partidárias, a corrida presidencial está cada vez mais renhida. Nesta sondagem Washington Post / ABC, os números de ambos os candidatos estão muito próximos, ficando dentro da margem de erro.
Quando se esperava que Obama e os democratas descolassem, vemos que a realidade é muito diferente, ainda para mais numa semana em que a história principal foi a do candidato a senador Todd Akin e as suas afirmações sobre o aborto.
O que está a falhar na máquina Obama 2012?
 
Filipe Ferreira

A violação como método de conceção

Last week, Paul Ryan gave an interview in which, defending his position that there should be no excuses for abortion, he referred to rape as a "method of conception."

Quando parecia ser impossível bater Sarah Palin, eis que Paul Ryan consegue ultrapassar Palin pela direita e considerar a violação como um método de conceção.

Estes Republicanos andam perdidos e cada vez mais irresponsáveis!

CMC

Obama com ligeira vantagem


Poll shows Obama with small lead in swing states

Bons sinais para a candidatura de Obama, que lidera a disputa em Estados decisivos.

CMC

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Republicanos inspiram-se em Bill Clinton

GOP trying to keep focus on economy rather than abortion

Nada como uma estratégia bem sucedida para ser seguida por quem quer ganhar. É isso que os Republicanos estão a fazer, ao inspirar-se no leitmotiv da candidatura de Bill Clinton de 1992. A economia é a questão central e não pode haver desvios.

Os Republicanos sabem que a situação económica dos EUA não é a melhor. Ignoram, por completo, o ponto de partida de Obama, e face ao herdado, Obama conseguiu fazer muito. Todavia, os Republicanos limitam-se a constatar o hoje e, agora, a economia da grande potência mundial não melhora como se deseja, razão pela qual culpam a atual Administração pelos fracos resultados.

O aborto, tema caro ao eleitorado conservador, é, por outro lado, um assunto bastante sensível, mas ao mesmo tempo, ao tomar o assunto como bandeira central, esta causa pode conduzir ao afastamento de parte de classe média dos Republicanos. E Romney precisa de parte deste eleitorado para derrotar Obama, em especial nos swing States. Por isso, é assunto a "congelar".

CMC

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Stay on message


"Democrats fall in love, Republicans fall in line". Esta expressão diz muito da forma disciplinada e competitiva como o GOP aborda as eleições. Numa era onde a consistência da narrativa criada é um bem sem preço, todo e qualquer ruido criado pode ter consequências indesejadas. Numa altura em que o ticket Romney/Ryan estava a impor a sua mensagem centrada nas questões económicas, nada como uma gaffe monumental de um republicano para estragar o cenário.
Um candidato do GOP ao Senado teceu considerações inacreditáveis sobre a relação entre o aborto e o acto de violação.
Depois disto, resta ao GOP manter a mensagem focada na economia e resistir aos ataques democratas.

Filipe Ferreira

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Flórida em jogo!



No momento em que se tornou público que a escolha de Romney para VP seria Paul Ryan, muitos analistas e a generalidade dos democratas consideraram que a Florida estaria perdida para os republicanos, devido ás suas propostas de alteração das regras do Medicare, que afectariam os mais idosos.
Esta sondagem veio reequacionar a disputa na Florida, com números que à primeira vista são surpreendentes. Embora a diferença não seja muita, os habitantes da Florida têm mais receio dos planos de reforma do Medicare propostos por Obama do que do plano Ryan. Esta mesma sondagem também pergunta qual o candidato preferido e aqui o resultado ainda é mais singular... Romney está na frente com 45% das preferências, tendo Obama 43%.
A Florida está em jogo!

Filipe Ferreira

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Obama com problemas na economia



Estes numeros aparentemente dão razão à estrategia dos republicanos de fazerem destas eleições um plebiscito à forma como Obama tem (mal) tratado a economia dos EUA. Só esta imagem negativa que os americanos têm do seu desempenho nas economia explica o quase empate tecnico com Romney, dado que Obama tem niveis mais elevados em materias como o combate ao terrorismo e a politica externa.

Filipe Ferreira

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Paul Ryan não gerou entusiasmo

Pelos estudos avançados, depois de conhecido o número dois de Romney, a candidatura de Obama não podia ter recebido melhores sinais.

O impacto causado por Ryan é baixo e isso revela as dificuldades em Romney arrancar. Seguramente, procurará, antes dos debates, fazer da Convenção Republicana um momento para afirmar a candidatura.

CMC

Ryan: Extremista ou Visionário?



Estes números dão algum conforto aos estrategos republicanos acerca da escolha de Ryan para VP de Romney. Embora fosse esperada uma subida da notoriedade de Ryan, não creio que a previsão fosse de uma subida tão rápida. Contudo, continuo a dizer que mais do que notoriedade do candidato, importa ver como este é percepcionado pelos americanos. Neste momento assitimos a um combate sem quartel, onde os democratas tentam catalogar Ryan como um ideologo extermista e os republicanos como um visionário que entende o que está em causa para evitar o declinio da América.

Filipe Ferreira

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Democratas fazem o trabalho de casa: Pesquisa sobre Ryan

American Bridge Paul Ryan Research Book

Ryan coloca o GOP a disputar o voto jovem



Uma das principais forças motrizes da campanha Obama em 2008 vai ser alvo de uma acesa disputa. Pela primeira vez em muito tempo, os jovens terão pela frente uma verdadeira escolha. Ryan, com 42 anos, está muito mais próximo das gerações mais jovens que Joe Biden. Esta escolha de Ryan para VP pode dar uma nova vida à campamha de Romney.

Filipe Ferreira

Paul Ryan is the most extreme VP candidate in more than a century


Vale o que vale esta análise. Por acaso, nem apresenta a "classificação" de Sarah Palin. Veremos, até novembro, quais são as grandes causas de Ryan, como candidato a Vice-Presidente. Nada como uma campanha exigente e desgastante, como é a presidencial norte-americana, para saber qual a fibra de cada candidato.

CMC

Um "exército" contra Obama

Tea Party Patriots welcomes the selection of Paul Ryan as the Vice-Presidential running mate for Governor Mitt Romney. With this selection, Governor Romney and the Republican Party make it clear that they have accepted the Tea Party Patriots values of fiscal responsibility, limited government and free markets as the best course of action for economic recovery and restoring personal freedom and individual responsibility to our national values.

Apesar do Tea Party não morrer de amores por Mitt Romney, a escolha de Paul Ryan, que apesar de não ser um membro deste chá, é do agrado da ala mais radical do Partido Republicano.

Assim, as bases Republicanas contam com um movimento duplamente motivado, por um lado, combater o político que mais odeiam, Obama, e, por outro, por apoiar um candidato em quem se reconhecem, Ryan.

CMC

Atitude exemplar de Obama

"Ontem meu oponente (Mitt Romney) escolheu seu companheiro de corrida, o líder ideológico dos republicanos no Congresso, o senhor Paul Ryan. Quero felicitar Ryan, o conheço e lhe dou as boas-vindas" (...) 

Quando pronunciou o nome de Ryan houve vaias entre o público, mas Obama os cortou e disse que o congressista é "um homem decente" e um "homem de família".

Romney destacara o caráter de Ryan, no sábado, quando o anunciou e, ontem, Obama, subscreveu o que o seu oponente disse.

Tudo está encaminhado para que o debate seja elevado, ainda que as campanhas de cada um promovam sujidade.

Uma coisa é certa, a entrada de Ryan na campanha vai promover o debate ideológico e o debate entre Biden e Ryan será mais interessante. Infelizmente, será um debate centrado na América e na sua política doméstica, tendo a dimensão externa, tão importante para os EUA um destaque menor, quando comparada com outras eleições.

CMC

Crítica à "change" de Obama


Este vídeo/música, com base num sucesso atual de Gotye, não deixa de estar bem feita, por quem se pode sentir desiludido com a "change" que Obama prometia em 2008.

É compreensível uma certa frustração de alguns apoiantes de Obama de há quatro anos, face ao atual mandato, que ficou, na óptica da campanha, distante do que prometia ser.

No fundo, Obama, que fez um bom mandato, face aos graves problemas e grandes dificuldades que herdou e enfrentou - confesso que pessoalmente me surpreendeu pela positiva, há quatro anos "apoiava" John McCain -, o candidato Democrata paga, nesta campanha, pelas elevadas expetativas criadas em 2008.

CMC

sábado, 11 de agosto de 2012

A máquina republicana ao ataque: Ryan vs Biden




A resposta democrata à escolha de Ryan


A máquina democrata não dorme em serviço. Algo me diz que os próximos dias vão ser essenciais para a sedimentação da imagem de Ryan. Vai ser visto como o homem que tem o plano para salvar a economia americana do seu défice excessivo ou como um republicano sem sensibilidade social que quer destruir o medicare e o  medicaid?
Está a começar a ficar intererssante!

Filipe Ferreira

Ryan um bom "aliado" de Obama?


A resposta dos Democratas à nomeação de Paul Ryan acaba de ser dada. A política fiscal do número 2 de Romney acaba por ser um aliado na distinção, profunda, que existe entre Obama e Romney, em relação à classe média.

CMC

Paul Ryan: uma escolha arriscada




Confesso que esperava que Romney escolhesse Rubio ou Rice. Qualquer um destes dois nomes traria nais valias importantes à sua campanha. Rubio, um dos preferidos do Tea Party era uma seta apontada ao eleitorado latino, com uma história de vida notável, incorporando o american dream. Rice dava a Romney credibilidade na politica externa e o facto de ser mulher e afro-americana não desajudava...
A escolha de Romney, ao recair em Paul Ryan reforça a sua aposta no contraste com os democratas. Ryan é a estrela GOP em tudo o que diga respeito ao ataque ao défice, sendo uma escolha plenamente ideologica. Ryan é uma aposta para mobilizar o eleitorado conservador, mas dificilmente ganhará votos nos indecisos e nos independentes.
Será este um sinal de que Romney desistiu de conquistar o centro? Se sim, então não antevejo grandde sucesso. Se for apenas uma estrategia para cativar os conservadores, então tem de entrar desde já no ataque ao eleitorado mais moderado, mas este equilibrio é dificil, muito difícil...

Filipe Ferreira

Ryan para Vice de Romney?

Romney é pressionado a escolher Paul Ryan como vice

Parece que o escolhido por Romney, ou a sua equipa, para Vice, é o congressista de Wisconsin, Paul Ryan. Um político vincadamente conservador e que tem no seu currículo uma folha de trabalho ao serviço de cortes nos Orçamentos. Algo que assenta bem na candidatura Republicana desta eleição, pois os ataques às políticas sociais e orçamentais de Obama são grandes bandeiras dos conservadores.

Resta confirmar se é Ryan, mas a verificar-se, como tudo indica, e a ter em conta esta notícia (no link), de que Romney teve de aceitar Ryan, mais uma vez se constata dificuldades de Romney. Ainda ontem notícias indicavam que há dúvidas no eleitorado conservador em relação ao candidato Republicano, pois não lhe reconheciam como grande adepto das suas causas conservadoras, algo que Ryan transporta. Ou seja, a nomeação de Ryan é um ganho do Partido Republicano. Resta saber, com o tempo, se será de Romney, que não escolhe o seu número dois.

CMC

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Republicanos a pensar em 2016

É evidente que Mitt Romney pode ganhar esta eleição. Obama está bem longe de ter a corrida garantida, como tinha há quatro anos, e um triunfo Republicano não surpreenderá ninguém, apesar de não se esperar muito.

Se a mensagem oficial dos Republicanos, neste momento, é de apoio a Romney, começam-se a ver movimentações para as primárias Republicanas das presidenciais de 2016. Ainda faltam quatro anos e muito vai acontecer, mas não deixa de ser um sinal de como o apoio da "família" Republicana a Romney não é sólido. Jeb Bush, Mike Huckabee, Sarah Palin, Rick Santorum, Rick Perry, são alguns dos nomes avançados e destes só Jeb Bush se salva como bom candidato.

CMC

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O número dois de Romney

A grande dúvida destes dias, antes do Congresso Republicano do final deste mês, é quem será o número dois de Mitt Romney.

Muita tinta tem corrido, com inúmeros nomes a serem tornados públicos ao longo dos últimos meses. Jeb Bush e Marco Rubio são alguns da lista mais antiga. Bush já disse que não estava disponível, assim como Rubio, ao que consta um dos potenciais candidatos em 2016, caso Obama renove o mandato.

Nos últimos tempos surgiu, primeiro, o nome de Condoleezza Rice e, depois, de David Petreaus, o atual diretor da CIA. Também nenhum destes dois, que despontaram no período de George W. Bush pela sua elevada qualidade, deverão ser número dois. Apesar de qualquer um até ter qualidades para Presidente. No meu entender até são bem melhores do que Romney.

No caso de Petreaus há muito que se fala de uma futura candidatura presidencial. Provavelmente, 2016 ou 2020.

Por enquanto, um nome tem resistido de modo consistente e ganho algum destaque nas últimas horas, o de Tim Pawlenty. No ano passado, antes de começar as primárias, o antigo Governador do Minnesota surgia como um dos candidatos Republicanos com mais hipótese de triunfar, mas nem chegou às primárias para disputar o lugar no Partido Republicano. Desistiu.

A equipa de Romney deve ter aprendido com o erro grave cometido por John McCain há quatro anos, quando escolheu Sarah Palin. A surpresa inicial gerou ganhos, mas com o decorrer da campanha, que apesar de ser curta é extremamente desgastante, as fragilidades da candidata começaram a emergir e o que era um trunfo tornou-se um fardo para a candidatura do Senador do Arizona.

Mas a equipa de Romney sabe que um Vice forte pode ser decisivo para o triunfo. Entre a audácia e a garantia geradora de poucas motivações mas ao mesmo de poucos riscos comprometedores, estará a escolha.

Veremos se será Pawlenty, um candidato mais consonante com a segurança, do que com a audácia.

CMC

Romney continua a falhar

O candidato republicano às presidenciais americanas de Novembro, Mitt Romney, disse que há muita gente que pensa que os EUA se irão transformar, em algum momento, “na Grécia, Espanha ou Itália”. De caminho, Romney conseguiu ainda ofender o estado da Califórnia.

Romney sabe que, em novembro, não vencerá na Califórnia, um Estado muito Democrata nas últimas décadas, em termos de eleições presidenciais. 

À parte de fazer comparações tristes, com a realidade de alguns países europeus - Obama também já caíra no mesmo erro e, por isso, o candidato Republicano devia ter aprendido a lição -, Romney esquece-se que foi uma Administração Republicana, na Califórnia, liderada por Arnold Schwarzenegger, que conduziu o Estado a uma situação calamitosa.

CMC

Uma campanha porta-a-porta até ao voto


Há poucos dias assinalou-se o momento em que faltavam 100 dias para a eleição de novembro. Por esse momento, a campanha fez um belo spot, para mobilizar os seus apoiantes a envolver-se na campanha até ao dia decisivo.  

CMC

Uma boa mensagem de Obama dirigida às mulheres


Uma mensagem acertada de Obama.

CMC

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um anúncio deplorável


Em política não pode valer tudo, mas as campanhas norte-americanas tendem a demonstrar o oposto. Eis um péssimo exemplo da candidatura Democrata, num ataque sem sentido a Mitt Romney. Criticar e condenar politicamente faz parte do jogo, dar a imagem de que o oponente é um criminoso é outra e esta merece reprovação.

CMC

P.S.- Tomei agora conhecimento de que este vídeo é de um grupo de apoiantes do candidato Democrata e ainda não foi lançado na televisão, e não do staff de campanha de Obama, estando, apenas, na net. De qualquer forma, já suscitou, nas últimas horas, muita atenção e indignação. Oxalá seja retirado. É a única consideração que merece.

Romney acumula falhas graves

Romney confuses "Sikh" with "sheikh"

Depois de um périplo desastroso pelo Reino Unido, Israel e Polónia, onde o candidato Republicano deu um péssimo sinal de como se move na política externa, Mitt Romney volta a demonstrar um desconhecimento atroz, para quem quer chegar à Casa Branca, confundindo "sheikh" com "sikh", numa referência ao massacre que ocorreu perto de Milwaukee.

Este erro terá pouco impacto no eleitorado, mas demonstra muito das poucas capacidades de Romney, num domínio estratégico para os EUA, a política externa.

CMC

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Obama compara Romney a um Robin Hood invertido

President Obama says that -- unlike the old English hero who stole from the rich and gave to the poor -- Mitt Romney wants to do the opposite. "It's like Robin Hood in reverse," Obama told supporters last night in Connecticut. "It's Romney Hood."

A política fiscal é uma das grandes marcas de diferença entre Democratas e Republicanos. Enquanto os primeiros defendem uma tributação que taxe mediante o rendimento, mas tenha uma carga mais elavada para os que têm mais, os Republicanos optam por menos impostos, em especial aos que mais têm, segundo o argumento de que o Estado Federal não deve travar os milionários de terem mais dinheiro para gerar mais capital, ao mesmo tempo que advogam menos Estado.

A política fiscal é uma das matérias mais sensíveis e, em muitos momentos, as propostas de cada candidato nesta matéria são decisivas para muitos eleitores, designadamente os indecisos.

Ontem, no Connecticut, Obama comparou Mitt Romney a Robin Hood, o mítico herói inglês que tirava aos ricos para dar aos pobres, mas invertido, ou seja, Romney representa o que tira aos pobres para dar aos ricos.

O confronto, direto, entre os dois candidatos aquece, quando faltam menos de 100 dias para as eleições.

Pelos vistos, esta não é a primeira vez que um candidato Republicano é apelidado de Hood, pois Reagan, nos idos de 80, já recebera este "batismo".

CMC

Clinton fará um dos discursos mais aguardados

President Bill Clinton’s Convention Speech Will Remind Party of Good Old Days

À medida que se vão conhecendo os oradores das duas Convenções, e dispensando-se o óbvio: os dois principais discursos são os dos candidatos a Presidente, outros convidados há que, pelo seu percurso, importância e peso político na arena política norte-americana, têm grande destaque. Bill Clinton, no campo Democrata, é um dos nomes incontornáveis e, por isso mesmo, o seu discurso em Charlotte, é dos mais aguardados.

Mesmo com polémicas bem conhecidas à mistura, Clinton foi o Presidente norte-americano mais bem sucedido das últimas décadas e, procurando contrariar as leituras que os Republicanos apresentam, foi com uma Administração Democrata, a de Clinton, que os EUA tiveram um crescimento assinalável, fruto de um conjunto de políticas bem estruturadas e implemantadas. E que esta Administração também tem vindo a adoptar.

Provavelmente, Clinton fará um discurso pedagógico, no sentido de explicar por que não está a economia a ter o sucesso de outros tempos, apesar de não ter um quadro tão negro como os Republicanos estão a pintar, e muito pior estaria se não fosse uma Administração Democrata a liderar. Por outro lado, e como é típico nos EUA, deverá ter, também, uma componente emotiva, fazendo desta eleição uma causa patriótica.

São conhecidas as poucas amizades pessoais entre Clinton e Obama, algo atenuado nos últimos anos, fruto da presença de Hillary na Administração, com um mandato assinalável. Mas a luta trava-se a dois e Bill Clinton irá indicar o porquê de ser tão importante renovar o mandato de Obama. Deve ser um discurso que vai marcar esta Convenção Democrata, até porque Clinton gosta sempre de deixar a sua marca pessoal.

Clinton é um dos políticos Democratas mais apreciados, teve dois mandatos de sucesso, e a sua palavra ainda conta para muitos eleitores.

CMC

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A importância das Convenções

A poucas semanas das duas convenções partidárias, a Republicana no final deste mês de agosto e a Democrata no início de setembro, eis um bom artigo que destaca a importância das Convenções.

Há quem as desconsidere, face à sua grande encenação, que no caso dos EUA é um grande espetáculo. Na verdade, é muito mais do que um show, é uma grande peça política, reveladora de muita coisa e que o eleitor, mesmo o menos atento, percebe bem o que está a ser transmitido.

Why political conventions still matter, de Julian Zelizer, merece leitura por quem segue a política com interesse.
CMC

Criatividade

Uma campanha bem feita carece sempre de uma componente criativa. Eis um bom exemplo de criatividade dos Democratas, aludindo às mudanças automáticas dos automóveis, transpondo-as para as escolhas políticas.

CMC

Romney começa a disputar a classe média a Obama


Estas eleições presidenciais decidem-se por causa das questões económicas e, nesta matéria, o eleitorado mais preponderante é o da classe média, ao contrário das questões de política externa, que afeta todo o eleitorado, independentemente da sua condição. O orgulho não escolhe classe, toca a todas as Almas, o mesmo não se poderá dizer em termos económicos.

Obama sabe que parte significativa da classe média é, tradicionalmente, pró Democrata, porém, como os Democratas já perceberam, e face à situação económica existente, parte deste eleitorado está desmotivado com a presente Administração.

A campanha Republicana demonstra estar atenta à campanha do opositor, que nos últimos dias tem centrado a mensagem dirigida à classe média, como deve - pois é essencial para a revalidação do mandato de Obama. Os Republicanos não perderam tempo e atacam um eleitorado que atravessa dificuldades e está interessado em quem lhe apresente uma mensagem de melhoria no futuro imediato.

É evidente que os factos apresentados pela candidatura de Mitt Romney ignoram o contexto atual, como se fosse possível inverter a situação económica dos EUA sem uma mudança do quadro económico mundial, em especial o europeu, que está a prejudicar uma recuperação económica forte dos EUA. Porém, as campanhas, de modo geral, tendem a desconsiderar o enquadramento.

Face a este contra-ataque Republicano e para desmontar esta campanha os Democratas terão de voltar a tocar a tecla da política fiscal, dado que nesta matéria a classe média identifica-se mais com o modelo Democrata do que no modelo Republicano.

CMC

domingo, 5 de agosto de 2012

Debates agendados

Os debates, os temas e quem questionará os candidatos já estão agendados. Ao todo são quatro, três entre Obama e Romney e um entre os candidatos a Vice-Presidente.

First presidential debate: October 3, University of Denver, Colorado: Domestic issues, questions selected by moderator.

Vice presidential debate: October 11, Centre College, Danville, Kentucky: Domestic and foreign issues, questions selected by moderator.

Second presidential debate: October 16, Hofstra University, Hampstead, N.Y.: Town-hall meeting format with questions from undecided voters.

Third presidential debate: October 22, Lynn University, Boca Raton, Florida: Foreign issues, questions selected by moderator.
CMC

sábado, 4 de agosto de 2012

Ninguém é perfeito...

... E Clint Eastwood tem apenas um defeito, no meu entender: é Republicano.

Hoje, o premiado ator e realizador declarou apoio a Mitt Romney.

A dúvida existia, pois apesar de não esconder as suas opções políticas, há uns meses Eastwood fez parte de um anúncio de destaque à Chrysler, com uma mensagem de destaque ao ramo automóvel igual à mensagem de Obama

O candidato Republicano, depois de receber o apoio de Romney, acabou por estar bem ao dizer:  “He just made my day. What a guy.”

CMC

Um café pela manhã com o certificado de Obama

Barack Obama completa, hoje, 51 anos. O boato de que Obama não é cidadão norte-americano ainda é alimentado por muitos radicais, em especial os do Tea Party.

Para que não haja dúvidas, do seu local de nascimento, Hawai, a candidatura Democrata coloca à venda uma caneca com a foto de Obama e o seu certificado de nascimento. Sagazes e apropriado.

Os elementos do Tea Party passam a ter uma bela caneca para, todos os dias, beberem o seu chá e não se esquecerem de que o seu Presidente é mesmo norte-americano.

CMC

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Bons indicadores para Obama

Obama leads Romney in three key swing states

Já se percebeu que a eleição deste ano vai ser decidida nos swing States. As recentes sondagens são bons indicadores para Obama, pois ganhar na Flórida, Ohio e Pensilvânia, mas especialmente os dois primeiros Estados, mais emblemáticos e quase sempre decisivos, é sinal de vitória.

Mas ainda falta muito, apesar de restarem menos de 100 dias para a eleição.

CMC